Mulheres, Filhas, Amigas, Mães - Expressão do Amor de Deus

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"Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas..."

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sexta-feira, 11 de maio de 2012

INTUIÇÃO DE AMOR (Mensagem para as Mães)



Depois da chuva aponta-se um arco-íris – tão cheio de cores vibrantes que logo nos esquecemos das assombrosas torrentes que se passaram.


É época de mudança de estação. A temperatura começa a ceder gradativamente. Em suas tardes – um certo frio característico – a terra molhada ainda exala o seu cheiro que a alguns agrada. A mim muito agrada.
A estiagem é suficiente para trazer às ruas as agitadas crianças que correm seguindo as tanajuras, essas, por sua vez, anunciam que período chuvoso se apresenta.
Logo será noite...

Em poucos segundos consigo regressar ao meu passado, a minha infância e pareço ouvir nitidamente a voz da minha mãe! Às vezes doce, às vezes severa... Ouço o tom proibitivo, ouço o alerta... “_Mais na frente você vai me agradecer!”



E como eu ficava brava com tais proibições! Com os castigos e com as correções! Eu não conseguia entender, na minha limitada visão de menina, que as atitudes que me pareciam tão severas eram atitudes de amor! “Como alguém pode dizer que me ama e agir tão severamente comigo?” Eu questionava intimamente... Mal sabia que tudo isso fazia parte de um plano! Sim, um plano! Meio intuitivo, meio arriscado, mas um plano de proteção da minha vida! Sim, minha mãe estava protegendo o meu futuro, a minha vida, a minha honra, a minha dignidade física e moral. Nunca pensei que diria isso, mas hoje sou extremamente grata por cada atitude que minha mãe teve em relação a mim! Pelas tardes trancada no quarto, pelas surras de tabica, pelo “cabresto” curto... Minha vida poderia ter se perdido no caminho se minha mãe tivesse agido diferente comigo, se tivesse sido mais permissiva, por exemplo.
Hoje eu consigo compreender e ver amor até nas atitudes erradas e exageradas que ela teve... Sim, pois nem sempre ela acertou! Mas eu poderia exigir mais de uma mãe de 17 anos sozinha no mundo? Sem ninguém para orientá-la? Hoje eu vejo que não! Em sua inocência, em sua limitação, minha querida mãe fez muito por mim! Meu Deus, quase tudo o que sou eu aprendi com ela! Eu sou parte dela! E agora, esperando minha primeira filha que será parte de mim e parte da minha mãe também estará presente nela! Ah, meu Deus, é evidente que eu quero ser pra minha filha uma mãe melhor, é evidente que eu não quero cometer os mesmos erros e quero repetir os acertos... E agora eu me pergunto, como me sairei diante de tamanha responsabilidade? Será que eu conseguirei ter os mesmos méritos da minha mãe?


O que está por vir me emociona ao mesmo tempo que me assusta... Sinto como se a felicidade da minha filha dependesse, grande parte, de mim... Quero educa-la segundo os preceitos divinos, quero ensiná-la a amar ao próximo e a respeitar todas as pessoas. Quero ensiná-la a batalhar pela vida, a se esforçar para conquistar seus objetivos... Oh, Deus, capacita-me!

Quanto aos pequenos...


Aos pequenos... a eles o que está por vir pouco importa. É tão bom brincar com os amiguinhos e correr pelas ruas do bairro sem compromissos, sem preocupações!

“_Cai, cai tanajura na panela de gordura!”

E não é que as crianças acreditam mesmo que essa cantiga faz as tanajuras caírem?!

Até os dias de chuva têm a sua beleza.
É na infância que se aprende as mais importantes diretrizes para toda uma vida. “Ensina ao menino o caminho” – com propriedade disse o sábio rei Salomão, pois, é um tanto difícil desprender-se das raízes. É infinitamente intrigante agir contrariamente aos preceitos que nos seguem desde tenra idade. É amoral, para cada pessoa à sua maneira, engendrar-se num caminho destoante da educação obtida, das normas já cristalizadas no consciente. Muitos responsáveis há por elas, mas, sem dúvidas, os pais são os principais professores.
Existem normas de conduta aprendidas na infância que nos são ferramentas de controle por toda a vida. E tantas vezes abandonamos algo por causa delas! Se não for por nossa própria vergonha, certamente será para não envergonhar os que nos educaram.

HÁ UM ELO INVISÍVEL E PERPÉTUO ENTRE A INFÂNCIA E TODO O CURSO DA VIDA.

Mas, enquanto esse tempo não chega, os pequenos capturam tanajuras, correm desvairadamente por todos os lados e esbanjam a mais pura e única inocência.

Essas são as minhas tardes saudosas de inverno.

Ao anoitecer, é preciso se agasalhar, após banho quente e sopa de legumes, nos indescritíveis braços maternos e na voz segura, acalentadora e até repetitiva:

“_ [...] É pra o seu bem que eu estou fazendo isso!”

Admirável saber! Intuição de amor...




Instinto materno que conduz nossa infância, nossa adolescência e parte de nossa vida adulta. Como pode ser tão perfeito, tão certeiro, tão benéfico se não for divino? Resta clarividente que a maternidade é um dom de Deus!



Esse caminho ensinado jamais será esquecido e será o esteio para a construção de um futuro brilhante!



A todas as mães maravilhosas e aquelas que aguardam seus bebês: FELIZ DIA DAS MÃES! Vocês merecem toda a nossa consideração e o nosso reconhecimento! Vocês que têm nas mãos a chave para a felicidade de seus filhos!

Deus nos capacite para tão árdua tarefa!