Eu já quis ser médica, professora, bailarina, ginasta, psicóloga, assistente social, expert em linguística, escritora, poeta... Quando criança eu queria ser cantora, vestida só de calcinha pegava uns óculos escuros do meu pai e cantava: “Não está sendo fácil, não está sendo fácil...!”, e depois eu queria ser atriz de novela, de teatro também... E mais tarde fiz várias peças na escola, nada bem elaborado, apenas diversão. Ah, quando criança eu sempre quis ser artista mesmo, famosa, cantar, tocar ou atuar. Mais tarde, na adolescência, foi que venho o interesse por literatura, filosofia, sociologia, história... aí eu tinha mesmo vontade era de escrever um best seller, também, nessa mesma época, eu pensei que pudesse me tornar uma missionária e ajudar milhares carentes.
Eu resolvi prestar vestibular pra Psicologia – pela primeira vez aos 16 anos – porque achava que isso me ajudaria a chegar ao meu objetivo, mas eu fiquei confusa se não seria melhor fazer faculdade de Letras. Eu não passei nesse vestibular, nem nesse nem no do ano seguinte... nem Psicologia, nem Letras... a aprovação veio aos 18 anos (perto dos 19) para o curso de Direito... Por que eu fiz Direito mesmo? Nem me lembro, acho que era porque meu pai queria e me convenceu de que teria um futuro brilhante nessa área... bem... aos 18 anos a gente se vê com o peso da responsabilidade que chega junto com a maioridade, a necessidade de trabalhar, estudar e construir um futuro, mas, ao mesmo tempo, a gente não se sente preparada emocionalmente pra isso e se sente um átomo numa terra de gigantes. Eu não me sentia capacitada para fazer uma escolha e aceitei a sugestão do meu pai que, convenhamos, sempre foi uma pessoa coerente e eu achei naquela época que trilhar o caminho que meu pai via como o melhor seria mais seguro, não foi uma imposição, mas foi uma sugestão totalmente alheia àquilo que eu esperava para a minha vida.
Bom, o que eu quero dizer é que de uma forma ou de outra eu sempre acreditei que era especial e que mais cedo ou mais tarde, fosse no que fosse, eu me daria bem e faria sucesso e seria um destaque. Acreditei nisso dos 14 aos 24 anos, tinha muita fé mesmo no meu sucesso, mas algo aconteceu no meio do caminho e mudou um pouco minha autoconfiança... acho que comecei a não processar muito bem as frustrações – foi isso no começo – um tremendo desânimo, depressão até, mas depois foi a consciência de que a vida não é fácil pra maioria das pessoas e que eu não era a exceção e que o sucesso para alguns é sorte, mas para a maioria é o resultado de uma longa, espinhosa, terrível e laboriosa estrada, eu comecei a entender que o sucesso não é predestinação, bem como ser uma pessoa especial não o é, mas que prosperar é resultado de uma difícil construção - foi quando eu me tornei uma mulher comum e percebi que não seria uma atriz, escritora, bailarina, cantora, médica, professora, advogada de destaque se eu não me inclinasse diante do sacrifício que a maioria, não todos, tem que se submeter.
Tenho 27 anos agora e sou uma mulher comum, minha vida está bem diferente do que o que eu achava que estaria, já não tenho mais sobre os meus olhos o véu da ilusão nem a ansiedade de outrora, já não me acho diferente, melhor ou mais especial que as outras mulheres, e, por vezes, me sinto até inferior a maioria delas, pois há dias em que me sinto muito cansada, mas até nisso percebo que não sou divergente, pois todos têm direito ao seu dia de desânimo. Só que nesse curso eu resolvi lutar, trabalhar, me sacrificar para alcançar o sucesso e eu estou seguindo nessa estrada, cheia de percalços isso é bem certo, mas ao persistir, no final dessa estrada, eu alcançarei meu sonho de menina, reformulado, evidente, mas igual na essência, aí eu entenderei o meu “chamado”, ainda penso que todos têm um.
Não é tão ruim assim ser uma mulher normal: família, casa, marido, filhos ou não, trabalho, cursinho, pressão, cobranças, contas a pagar, metas a cumprir, final de semana trabalhando, feriado trabalhando, mas em outros com a família. Não é ruim apesar de monótono, mas a maioria de nós mulheres sonha a vida inteira em se casar, ter sua própria casa, seu marido e construir uma família, eu não sou a exceção, por que acharia ser uma mulher normal ruim se foi isso que eu escolhi pra minha vida?
Não ser a exceção às vezes me incomoda, mas na maior parte do tempo me faz feliz. O problema é quando a gente transfere para o marido, ou até mesmo para os filhos, as nossas frustrações diárias. Ah, como eu sei que nós mulheres esperamos tantas vezes que nossos maridos, noivos, namorados preencham em nós o vazio que eles não podem preencher! E tantas são as vezes que ficamos de olhos inchados de tanto chorar e reclamamos constantemente da insensibilidade de nossos homens e ocupamos os ouvidos de nossas amigas com nossas eternas insatisfações... Homens! Há sempre algo para reclamar neles! E os filhos são tão ingratos! Será que eles não percebem o quanto nos sacrificamos por eles?! Certamente, se eles agissem conforme o nosso entendimento a vida seria mais fácil... Pensamos muito assim... Mas o fato é que todos têm o seu próprio entendimento e nós mulheres não podemos ser tão controladoras ao ponto de achar que nossa forma de viver é a verdade absoluta! Na verdade, a alma feminina é algo que só Deus é capaz de compreender! Só Deus é capaz de preencher o mais íntimo no nosso ser! Só Deus é capaz de ler as entrelinhas do nosso sentimento, do nosso olhar, no nosso falar, do nosso silêncio! Só Deus é capaz de entender as raízes das nossas preocupações e desgostos, nossas ansiedades e nossos projetos! Só Deus é capaz de assimilar nossa forma de agir com o objetivo perseguido! Só Deus é capaz de amenizar os altos e baixos da alma de uma mulher que vai muito além das mudanças de hormônio que sofremos todos os meses durante toda a vida! Há coisas que nossos maridos, filhos, pais, amigos jamais poderão fazer por nós, pois somente Deus é capaz de fazer, porque Ele é o Autor da alma feminina, porque Ele é o Arquiteto da mulher. E, apesar de todas as dificuldades, eu nasceria mulher centenas de vezes, se assim pudesse, pois não há nada mais tremendo que ter essa afinidade com o Pai Celestial, não há nada mais belo que ter a conturbada alma feminina apaziguada pelo Criador de todas as coisas e não há nada mais característico que essa sensibilidade que só as mulheres têm, chamada até de sexto sentido, mas é que entre Deus e as mulheres os laços são mais estreitos, porque somos menos afetadas pela frieza e ceticismo e nos “derramamos” com maior facilidade em Sua presença.
Eu sou uma mulher comum, perseguindo o sucesso, cheia de medos e dúvidas, mas com a alma apaziguada por Deus que renova as minhas forças todas as vezes que eu acho que não vai dar mais para prosseguir.
Eu sou uma mulher comum, perseguindo o sucesso, cheia de medos e dúvidas, mas com a alma apaziguada por Deus que renova as minhas forças todas as vezes que eu acho que não vai dar mais para prosseguir.
Se você se parece comigo, bem vinda ao meu blog! Temos muito a partilhar! E juntas chegaremos à concretização dos nossos sonhos, não importa quão diferentes eles sejam!
E você, o que tem a dizer sobre seus sonhos?
E você, o que tem a dizer sobre seus sonhos?
MEUS SONHOS ESTÃO NAS MÃOS DE DEUS!!!
ResponderExcluirAh, Tati, amiga querida, não há lugar melhor para depositar os nossos sonhos, não é mesmo? As vezes nós confiamos os nossos sonhos a pessoas erradas,a pessoas que não acreditam neles e tendem a nos desanimar! Mas confiar os nossos sonhos a Deus é viver por fé!É crer na concretização daquilo que não se vê! Obrigada por sua colaboração! beijo!
ResponderExcluirDÉA DEPOIS DE EU TER COMENTADO EU LI TODO TEXTO, TODA A REFLEXÃO QUE O SENHOR FEZ VC COMPARTILHAR CONOSCO E ... PARA MIM FOI COMO SE EU MESMA ESTIVESSE OUVINDO MEUS PRÓPRIOS PENSAMENTOS QUE HOJE PELA MANHÃ E A TARDE COMPARTILHEI COM DEUS!!! EU CONVERSEI COM ELE COISAS AS QUAIS VC ESCREVEU NESSA POSTAGEM, E PARECE ATÉ QUE FOI EU MESMA QUEM ESCREVEU; QUESTIONANDO, DETALHANDO, E REFLETINDO MESMO COMO EU MUDEI, COMO MUDARAM TANTAS COISAS EM MINHA FORMA DE PENSAR, E COMO MUDARAM COISAS EM MINHA VIDA, QUE OUTRORA PARA MIM ERA TÃO REAL A MINHA VISTA E HOJE PARECE SER INATINGÍVEL!!! DEUS NOS AJUDE A ALCANÇAR O QUE PARECE SER TÃO DISTANTE!!! EU QUERO ANDRÉIA ALCANÇAR, POIS A NOSSA VIDA É UMA SÓ E ACREDITO QUE TEMOS QUE TER SONHOS SIM E LUTAR PARA CONCRETIZÁ-LOS!!! UM ABRAÇO E ATÉ MAIS!!!
ResponderExcluirTati, fico muito feliz por isso! Pois o Espírito de Deus é um só e Ele que em nós testifica! E eu creio que no nome do Senhor faremos proezas! Forte Abraço!
ResponderExcluirCada post é melhor que o outro, não sei qual eu gosto mais,sem dúvida, esse é um dos melhores que vc já escreveu. Quanta inspiração!! Deus te abençoe. Bruna Rianny.
ResponderExcluirOh, querida Bruninha, que honra a sua participação! Você é muito doce! Que Deus continue nos abençoando e nos fazendo canal de bênção umas na vida das outras!
ResponderExcluirOLÁ QUERIDA Evelyn,só quero te chamar de ANDREIA rsrsrs amei essa postagem Acima.entrelinhas da alma feminina.
ResponderExcluirParabens Que Deus continue te usando. na parte que vc falou do que vc queria ser quando criança eu ri muito porque lembrei que quando eu era criança queria ser dancarina de escola de samba kkkk lembro que com uns 10, anos colocava uma sandalia Branca de minha mãe nos pés tinha umas tiras amarrava e começavaa samba kkkkkk. oh tempo Bom é o tempo de criança.
Olá Patrícia, querida, pode me chamar de Andréa sim, porque, afinal de contas, Andréa é meu nome também! rsrsrsrrsrs... Muito obrigada por sua participação! Fiquei muito feliz com seu comentário! E, é verdade, sinto-me muito feliz também em recordar a infância... muito bom o tempo da inocência! Beijão e fica com Deus!
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